segunda-feira, 22 de junho de 2009

A cada manha


(minha filha Francine)

Levantas a cada manhã o sol betendo de alegria a vida dos homens.
Não privas a ninguém do oxigênio ,do canto das aves,do raio da lua , do beijo das estrelas,da alegria do sol.
Como me sinto pequeno quando,por qualquer palavrinha,me considero ferido, ressentido e calo minha palavra de saudação!
Que pobre eu sou! Ensina-me a me dar!

Antônio Gracia

domingo, 21 de junho de 2009

Joaozinho


Recebi no meu e-mail e estou dividindo com os amigos!

SÓ PODIA SER O JOAOZINHO

O assunto da aula era medo.
A professora começa a perguntar...
- Pedrinho, do que você tem mais medo?
- Da mula-sem-cabeça, fessora.
- Mas, Pedrinho, a mula-sem-cabeça não existe.
É apenas uma lenda...Você não precisa ter medo.
- Mariazinha, do que você tem mais medo?
- Do saci-pererê, fessora.
- Mariazinha o saci-pererê também não existe.
É somente outra lenda...Você não precisa ter medo.
- E você, Joãozinho? Do que tem mais medo?
- Do Mala Men, fessora.
- Mala Men? Nunca ouvi falar... Quem é esse tal de Mala Men?
- Quem é, eu também não sei, fessora. Mas toda noite minha mãe diz na
oração: "Não nos deixais cair em tentação, mas livrai-nos do Mala Men"

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Boa dica


Não repita apressadamente aquilo que ouve.
Informe-se primeiro da verdade.
Se for mentira, procure desmentir.
Se for verdade, mesmo assim não o repita.
Se não puder chegar á evidência, cale.
A caridade consiste em saber calar os defeitos alheios, como
você gosta que façam com os seus.
Seja prudente: O silêncio é de ouro, quando se cala o erro do próximo.


Carlos T. Pastorino

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cancao do Vento

Canção do vento e da minha vida

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afeto e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.



Do livro:

(Lira dos Cinquent'Anos)

Manuel Bandeira

domingo, 7 de junho de 2009

Saber calar


"Saber falar é bom; saber calar é melhor. Quantos cretinos passaram por pessoas inteligentes,simplesmente porque, tendo sabido calar, pensaram
as mesmas cretinices pensadas pelos outros, mas não as disseram."

(Arnac)

Uma escola diferente

(recebi na minha caixa postal, achei interessante,e estou dividindo)

A escola pública de São Paulo que se inspirou no projeto da portuguesa Escola da Ponte conta como as mudanças afetaram o seu dia-a-dia.

Não há salas de aula, turmas ou séries. O conteúdo e a ordem de estudo são decididos pelos alunos, sob a orientação dos educadores. Esse lugar existe? Sim. Há 30 anos em Portugal, na chamada Escola da Ponte. Idealizada pelo educador José Pacheco, a nova forma de educar nasceu para dar às crianças mais sabor ao aprender. No Brasil, a Escola Municipal Desembargador Amorim Lima constrói uma versão brasileira, inspirada no projeto português. Localizada no Butantã, bairro da Zona Oeste de São Paulo, ela - a escola mesmo - conta como vem assistindo à revolução em seus muros. Acompanhe.
"O pessoal que trabalha aqui vive falando de mágica. Dizem que, por mais que tenha formação acadêmica ou técnica, só com ela a educação acontece por completo. Eu, como sou uma escola, feita de tijolo, tinta, madeira, areia e cimento, fico um pouco confusa com assuntos não-concretos. Mas estou aprendendo. Aprender, aliás, é um verbo que ganhou outra cor por aqui. Essas pessoas que acreditam em mágica estão mudando minha concepção sobre vários assuntos. Elas dizem que, para construir, precisamos desconstruir primeiro. Que, para mudar, temos de refazer conceitos e desfazer certezas. E isso soa para mim muito natural. Como se eu sempre soubesse que é assim que se faz.
Outro dia, naquelas conversas maravilhosas entre professor e criança, um aluno se deu conta de que professor é aquele que - de repente - aprende. Igualzinho falou há muitos anos o escritor João Guimarães Rosa, e que o meu querido amigo, o educador português José Pacheco, aquele que criou a Escola da Ponte, vive repetindo para a gente não esquecer nunca. O melhor é que esse aluno se deu conta disso sozinho. Aqui, os alunos são consultados até sobre o que e como querem estudar. Todo mundo aprende junto e sozinho. Cada um no seu tempo, no seu ritmo. Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que tudo era cinza: as paredes, os uniformes e o humor de professores e alunos.
Até que um dia, há nove anos, passei a receber a visita de uma pedagoga engraçada, que gesticulava muito. Quando Ana Elisa Siqueira passou no concurso e assumiu a direção da escola, percebi nela um brilho diferente. Era uma mulher muito esperta e logo descobriu o que estava embaixo do cinza. Viu que os pais das crianças reclamavam das constantes faltas dos professores e da indisciplina na sala de aula. Estava na hora de partir para as soluções. Começaram as rodas de conversa. Alguns não entendiam o que tanto a Ana queria mudar. Mas essa Ana era cheia de querer e foi, aos poucos, seduzindo a todos. Primeiro, tirou as grades que reduziam meu enorme pátio e cercavam as crianças. Depois, tratou de pintar de laranja minhas portas. Mais algum tempo e as paredes também estavam coloridas. Era a tal mágica começando a acontecer.
O que mais ajudou a Ana foi que, em trabalhos anteriores com pedagogia, ela conheceu bem a comunidade que vivia por aqui. Ela sacou, por exemplo, como era bom ter crianças, filhas de pais que fazem doutorado na Universidade de São Paulo, aqui ao lado, misturadas a crianças com pais analfabetos. A diversidade propiciava uma palavra que adoro ouvir: democracia. Sob o comando da Ana, alguns funcionários, pais, especialistas e parceiros das mais variadas áreas foram se envolvendo com os meus muros, sugerindo idéias e projetos.
Um dia marcante foi quando ouvi o som do primeiro berimbau. Era música no meu coração. Se escola tem coração? Claro, eu tenho centenas deles. Tratava-se do projeto de cultura brasileira. Com circo, teatro, capoeira e danças brasileiras e muitas crianças. Alguns pais se animaram tanto que não saíam mais daqui. Até nos recreios, eles vieram ajudar. Foi então que a direção da escola decidiu contratar uma consultoria pedagógica, da renomada psicóloga Rosely Sayão. Numa das reuniões com os especialistas, ela exibiu um vídeo sobre a portuguesa Escola da Ponte. Quando os pais ouviram as palavras 'autonomia' e 'solidariedade', tiveram a grande certeza: 'Essa é a escola que queremos para os nossos filhos'. Fiquei ansiosa. Afinal, como seria? Qual era a fórmula do José Pacheco? Poderíamos repetir aqui? Um pai muito corajoso, Gilberto Frachetta, venceu as dúvidas, colocou debaixo do braço um projeto redigido por psicólogos, educadores, mais o consenso dos outros pais e, no final de Janeiro de 2004 chegou e a Ana veio com outra idéia maluca. As paredes das salas deveriam ser derrubadas. Isso mesmo. Quatro salas se tornaram uma! Duas lousas, uma de cada lado, crianças reunidas em grupos de cinco e três educadores por sala. Não há mais aulas únicas, preparadas para todos os alunos. A professora Cleide Portis ficou assustada. Nova na casa, imagine, ela entrou bem no meio da revolução. Outro dia, contou o que sentiu na época: 'Dos 20 anos que tenho de escola pública, a docência era algo solitário, eram os meus alunos, meu espaço, meu pensar. Aprendi a compartilhar. Dividimos as idéias e o material e agora as crianças aprendem juntas, com os colegas, no seu ritmo'. Notei que mudar de rotina é muito difícil para o adulto. Eles têm receio de experimentar e não dar certo. O que adianta derrubar as minhas paredes se não derrubarem as paredes deles mesmos? Mas, as crianças, ah, elas tiram de letra. Aqui, como na Ponte, seguem um roteiro de estudo sugerido pelos educadores e decidido por elas. Não há desordem ou espaço para indisciplina: elas têm liberdade para andar pela sala, mas, para chamar o professor, cada uma espera sua vez. No salão maior, por exemplo, estão as crianças correspondentes à primeira e segunda séries do ensino fundamental. Misturam-se as que já sabem ler e as que ainda não aprenderam. Para Amanda, que está na segunda série e já lê muito bem, não há o menor problema. 'Ficamos juntos para um ensinar ao outro o que sabe..' Outro dia, uma mãe contou que seu filho deixou de ser tímido, agora conversa mais em casa.Com a liberdade, as crianças ganham conhecimento. Com conhecimento, adquirem autonomia. Com autonomia, exercem a solidariedade.
Hoje olho para mim e parece que todo mundo anda sorrindo. Ainda noto olhares de dúvida. Houve professor que preferiu sair e pai que optou por uma outra escola. Eu acho ótimo. Porque o importante é ter a chance de fazer escolhas, coisa rara na rede de ensino público do Brasil. Esqueci de contar que nem toda a escola entrou no novo projeto pedagógico de uma vez. Não havia como, era muita novidade e pouca experiência. Mas, agora já temos 10, 20, 30, 50, 60 e 70 anos no projeto. Foi uma forma de, em 2006, colocarmos todas as crianças falando a mesma língua.Dos tijolos derrubados, o pessoal daqui construiu um forno. Daqueles para fazer pão e pizza em dias de festa. O amigo Pacheco anda apreensivo. Disse que caminhamos em um ano o que a Ponte andou em 30. Outro dia, poetizou: 'É preciso cuidado, pois o importante não é velocidade, mas direção'. Por isso que, como ele diz, em educação, quando pensamos que está tudo feito, há muito o que fazer. É essa a vida que corre entre as minhas paredes: muitos caminhos a serem percorridos, muita coisa para consertar. Mas, se para a pequena Amanda o melhor lugar do mundo é aqui e agora, é porque já temos uma direção."
“Para mudar temos de refazer conceitos e desfazer certezas.”

“Em educação, quando pensamos que está tudo feito, há muito o que fazer.”

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Comecando a semana


Herege não é aquele que arde na fogueira e sim aquele que a acende.
Shakespeare

Confio em Deus não apenas nisto ou naquilo, e sim em tudo.
Walter S. Landor

Um culpado punido é um exemplo para o canalha; um inocente condenado é ameaça a todos homens honestos.
La Bruyere