quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Se eu morrer antes de voce



Se eu morrer antes de você,
faça-me um favor:
Chore o quanto quiser,
mas não brigue com Deus
por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar,
não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem
algum fato a meu respeito,
ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo,
só porque morri,
mostre que eu tinha um pouco de santo,
mas estava longe
de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio,
mostre que eu talvez tivesse um pouco
de demônio, mas que a vida
inteira eu tentei ser boa e amiga(o).
Espero estar com Ele o suficiente para
continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever
alguma coisa sobre mim,
diga apenas uma frase:
- "Foi minha amiga,
acreditou em mim
e me quis mais perto de Deus!"
- Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la,
mas não faz mal.
Outros amigas(os) farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituída,
irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando,
dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz
vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai,
aí, sem nenhum véu a separar a gente,
vamos viver, em Deus,
a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós vivamos
como quem sabe que vai morrer um dia,
e que morramos como
quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu
para mais perto da gente,
e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você,
acho que não vou estranhar o céu...
"Ser sua amiga...
já é um pedaço dele..."

Achei lindo este poema ,a quem peço licensa para postar, o link esta aí embaixo.

http://transformandoereinventando.blogspot.com/

sábado, 7 de novembro de 2009

O Astrolabio

Imagem do rio Paraiba do Sul


(Recanto da Lidia)


O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte.
Inventado por Hiparco de Nicéia, era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como instrumento para a navegação maritima com base na determinação da posição das estrelas no céu.
Mais tarde foi simplificado e substituído pelo sextante.
O astrolábio permitia descobrir a distância que ia do ponto de partida até ao lugar onde a embarcação se encontrava, mas descobria-se isso medindo a altura do sol ao meio dia. Mas como era isso possível se não havia relógios?
Mediam o tempo com ampulhetas, mas com resultados pouco rigorosos. Era vantajoso em relação ao quadrante, não só porque era mais fácil trabalhar à luz do dia, como pelo fato de a Estrela Polar não ser visível no hemisfério sul.
O quadrante era um astrolábio reduzido à quarta parte. Muitos exemplares espalhados pelo mundo foram fabricados em Portugal e têm o nome ou marca de seu fabricante, como Agostinho de Gois Raposo, Francisco Gois e João Dias. Poucos astrolábios náuticos chegaram até os nossos dias, mas com o desenvolvimento da arqueologia subaquática foi possível recuperar mais exemplares. Há atualmente cerca de 80 e são mundialmente registrados no Museu Marítimo de Greenwich. Além de um número de registro passaram também a serem conhecidos por um nome, normalmente relacionados com o navio ou local onde foram encontrados.
O astrolábio planisférico consiste basicamente de dois discos planos, geralmente feitos de cobre. Um deles representa a Terra e é marcado com as linhas de latitude, longitude, horizonte do observador e outras linhas indicando ângulos acima do horizonte. O outro disco é um mapa simples do céu, com as posições das estrelas indicadas por ponteiros curvos e com a eclíptica (linha do movimento anual aparente do Sol).
O astrolábio também era usado na agrimensura, para se conhecer, por exemplo, a altura de uma montanha a partir do cálculo do ângulo formado por sua sombra.
O astrolábio usado pelos navegadores foi desenvolvido a partir desse instrumento primitivo, divulgado na europa pelos árabes. Foi muito utilizado no séc. XV como instrumento de navegação, principalmente pelos portugueses e espanhóis duranten o ciclo das grandes navegações. Era usado para medir a altura do Sol ou de uma estrela durante alguma viagem no meio do oceano de maneira, a se determinar a latitude. Era suficientemente pesado para continuar pendurado na posição vertical apesar do balanço do navio.
Quando os cálculos astronômicos foram se tornando mais exatos e com a invenção do quadrante no séc. XVII, o astrolábio tornou-se obsoleto.
Se você tiver interesse em saber mais sobre questões de latitude, astrolábio e outros instrumentos de localização, visite o site português da Associação Nacional de Cruzeiros.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Forca Interior

A coragem de viver pode ser comparada a uma corda estendida sobre a cena do mundo, e á qual os fantoches estariam suspensos por fios invisíveis, enquanto seus pés aparentemente repousariam sobre o tablado (valor,objetivo de vida). Se a corda cai é porque o tablado só aparentemente o sustentava.
Em outras palavras , o afrouxamento da vontade de viver leva a hipocondria, ao suicídio, a qual o homem se entrega então pelo mais insignificante motivo, ás vezes mesmo imaginário, como se preocupasse querê-la consigo mesmo para matar-se, assim como outros procuram briga com um terceiro. Se for preciso, matar-se-á mesmo sem nenhum motivo.

Thomaz Mann




(Rio de Janeiro - Bairro Lapa)
Imagem:Recanto da Lidia