terça-feira, 29 de abril de 2008

Oração a Santo Expedito

Que a intercessão do glorioso mártir Santo Expedito nos recomende.
Ó meu Deus, junto à vossa bondade, a fim de que , com sua proteção
obtenhamos o que os
nossos próprios méritos são impotentes para alcançarmos.
Assim seja.

Nós Vos suplicamos, Senhor, que nos inspires, com Vossa graça, todos os
nossos pensamentos e ações, para que eles encontrem em Vós, seu princípio
e sejam por intercessão de Santo Expedito levados com coragem, fidelidade
e prontidão em tempo próprio e favorável, a bom e feliz fim.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Assim seja.

Súplica
- Santo Expedito! Honrados pelo reconhecimento daqueles que vos invocarem
à última hora e para negócios urgentes, nós vos suplicamos que nos obtenha da bondade misericordiosa de Deus, por intercessão de Maria Imaculada
(hoje ou em tal dia), a graça de que , com toda a submissão, solicitamos da
vontade divina.

1. Pai nosso,
1. Ave Maria,
1. Glória ao Pai.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Lar Desfeito

"José e Maria estavam casados há 20 anos e eram
muito felizes um com o outro. Tão felizes que
um dia, na mesa, a filha mais velha reclamou :
- Vocês nunca brigam?
José e Maria se entreolharam. José respondeu :
- Não minha filha. Sua mãe e eu não brigamos.
- Nunca brigaram ? - quiz saber Vítor, o filho
do meio.
- Claro que já brigamos. Mas sempre fizemos as pazes.
- Na verdade, brigas, mesmo, nunca tivemos. Desentendimento,
como todo mundo. Mas sempre nos demos muito bem ...
- Coisa mais chata - disse Venancinho, o menor."


Luís Fernando Veríssimo.
( Lar desfeito)

domingo, 27 de abril de 2008

Pensamento de uma Criança Africana

Pensamento surpreendente!

Quando eu nasci, era Preto;
Quando eu cresci, era Preto;
Quando pego sol, fico Preto
Quando sinto frio, continuo Preto
Quando estou assustado, também fico preto
Quando estou doente, Preto.
E quando eu morrer, continuarei Preto!

E você,cara Branco,
Quando nasce você é Rosa.
Quando cresce você é Branco
Quando você pega sol, fica Vermelho;
Quando sente frio, você fica Roxo;
Quando você se assusta fica Amarelo;
Quando você está doente, fica Verde;
Quando você morrer, você ficará cinzento

E você vem me chamar de Homem de Cor???

sábado, 26 de abril de 2008

Aventura

Minhas intuições se tornam mais claras ao esforço de transpô-las
em palavras. É neste sentido,pois, que escrever me é uma necessidade.
De um lado , porque escrever é um modo de não mentir o sentimento
(a transfiguração involuntária da imaginação é apenas um modo de chegar): do outro
lado ,escrevo pela incapacidade de entender , sem ser através do processo de escrever .
Se tomo um ar hermético , é que não só o principal é não mentir o sentimento como porque tenho incapacidade de transpô-lo de um modo claro sem que o minta - mentir o pensamento seria tirar a única alegria de escrever. Assim, tantas vezes tomo
um ar involuntariamente hermêtico, o que acho bem chato nos outros. Depois
da coisa escrita , eu poderia friamente torná-la mais clara? Mas é que sou obstinada. E por outro lado, respeito uma certa clareza peculiar ao mistério natural, não substituível por clareza outra nenhuma . E também porque acredito que a coisa se esclarece sozinha com o tempo:
assim como num copo d'agua , uma vez depositado no fundo o que quer que seja , a água fica clara. Se jamais a água ficar limpa , pior para mim. Aceito o risco . Aceitei risco bem maior,
como todo mundo que vive.
E se aceito o risco não é por liberdade arbitrária ou inconsciência
ou arrogância :
a cada dia que acordo, por hábito até, aceito o risco. Sempre tive um profundo senso de
aventura , e a palavra profundo está aí querendo dizer inerente . Esse senso de aventura
é o que me dá o que tenho de aproximação mais isenta e real em relação a viver e,
de cambulhada , a escrever.

(Jornal do Brasil- 4.10.1969 )

Clarisse Lispector

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Panquecas de Espinafre

Ingredientes:

Massa:
1 xícara de chá de espinafre aferventado e espremido ,
(cerca de 200 gramas.)
2 ovos
1 pitada de sal
2 xícaras de chá de leite
4 colheres de sopa de óleo
1 xícara de chá de farinha de trigo.

Recheio:
1 dente de alho amassado
1 cebola pequena batidinha
2 colheres de sopa de óleo
1/2 kg de carne moída
3 tomates sem pele e sem sementes,picados
1/2 xícara de azeitonas picadas
2 colheres de sopa de salsa picada
pimenta de reino a gosto.

Modo de Fazer:

Massa - Bata no liquidificador todos os ingredientes.(espinafre,ovos,sal,
leite,
óleo,e a farinha ).
Numa frigideira,levemente untada ,coloque uma concha de massa, gire para cobrir
todo o fundo e deixe dourar.
Vire para o outro lado.
Repita a operação até terminar a massa.

Recheio:

Doure o alho e a cebola no óleo,junte a carne e refogue.
Acrescente os demais ingredientes,reserve.
Recheie as panquecas, enrole no formato de panquecas.

Molho:

1 lata de milho verde
2 1/2 xícaras de chá de leite
3 colheres de sopa de maizena
sal a gosto
1 colher de sopa de manteiga ou margarina.

Bata no liquidificador por cerca de uns 4 minutos , 1 lata de milho verde,
2 xícaras e meio de leite, junte as 3 colheres de sopa de maizena, sal,
(1) uma colher de sopa de manteiga ou margarina,reserve.
Doure o alho socado na manteiga, Junte a mistura reservada e leve ao fogo,
mexendo até engrossar.
Num refratário (pirex) coloque as panquecas ,cubra -as com o molho,
leve ao forno por cerca de 15 minutos.
Sirva quentinho!

Hummmmmmmm!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Acorrentados

Quem coleciona selos para o filho do amigo?
Quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos
anos feriu a quem amava,
Quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho,
Quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia,
Quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre,
Quem se ri das próprias rugas,
Que decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental,
Quem procura na cidade os traços da cidade que passou,
Quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada,
Quem costura roupas para os lázaros,
Quem envia bonecas as filhas dos lázaros,
Quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira,
Quem manda livros aos presidiários,
Quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela mestra, que foi a fera do Colégio,
Quem escolhe na venda verduras frescas para o canário,
Quem se lembra todos os dias do amigo morto,
Quem jamais negligência os ritos da amizade,
Quem guarda, se lhe derem de presente, o isqueiro que não mais funciona,
Quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque
a fim de conversar com um amigo,
Quem coleciona pedras, garrafas, e galhos ressequidos,
Quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças,
Quem quarda as cartas de noivado com um laço de fita ,,
Quem sabe construir uma boa fogueira,
Quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos líquens,
Quem procura decifrar no desenho da madeira o hieroglífo da existência,
Quem não se acanha ao achar o pôr-do-sol uma perfeição,
Quem se desata em sorriso a visão de uma cascata,
Quem leva a sério os transatlânticos que passam,
Quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz,
Quem de repente liberta os pássaros do viveiro,
Quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo,
Quem julga adivinhar os pensamentos do cavalo,

" Todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre."


Autor:

Paulo Mendes Campos

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Era uma vez...

Fábulas de Esopo

Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano.
Afinal, um ratinho pediu a palavra e falou:

- Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. Graças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir.
Todos aplaudiram a idéia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse:
- A idéia é muito boa. Mas quem vai pendurar o guizo no pescoço do gato?

"É mais fácil falar do que fazer."


O Pescador e o Peixinho


Um pescador estava pescando e;depois de horas de pescaria ,só consegiu apanhar
um peixe muito pequeno .O peixinho lhe disse:

- Poupe minha vida e jogue-me de novo no mar.
Dentro de pouco tempo,estarei crescido e você poderá pescar um peixe grande!
O pescador respondeu:
-Eu seria um bobo se te soltasse por uma pescaria incerta...

"Mas vale a certeza de hoje do que a incerteza de amanhã"

domingo, 20 de abril de 2008

Arte de ser Feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria para um chalé. Na ponta
do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos , quando o céu ficava da mesma cor do ovo, o pombo
parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores.Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que maõs
as tinha criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava em sua copa redonda. A sombra da árvore, numa esteira ,
passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e ás vezes faziam com as maõs arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias - e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época
de estiagem , de terra esfarelada,e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega; era uma espécie de aspersão ritual para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caiam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

As vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas , duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que
sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles

Maçã

Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
Ès vermelha como o amor divino

Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente

E queda tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.

Manuel Bandeira - Antologia poética

sábado, 19 de abril de 2008

Ato de Confissão

Eu, pecador, me confesso a Deus,Todo-poderoso, à bem-aventurada Virgem Maria
ao bem-aventurado S. Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado S. João Batista, aos
Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo e a vós, Padre; que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa,minha culpa , minha máxima culpa.
Portanto peço e rogo à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos S. Pedro e s. Paulo, a todos os Santos, e a vós Padre, que roguéis por mim a Deus Nosso Senhor.
Amém.

Os 10 Mandamentos

Os Mandamentos legados a Moisés:

1º- Amarás a Deus sôbre todas as coisas, e ao próximo como
a ti mesmo
2º- Não jurarás o seu Santo nome em vão
3º- Guardarás domingos e festas de guarda
4º- Honrarás pai e mãe
5º- Não matarás
6º- Não pecarás contra a castidade
7º- Não furtarás
8º- Não levantarás falso testemunho
9º- Não cobiçarás a mulher de teu próximo
10º- Não cobiçarás as coisas alheias.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Esaú e Jacó

"Cresceram um para o outro. Natividade acudiu prestemente, não tanto que impedisse a troca dos primeiros murros. Segurou-lhe os braços a tempo de evitar outros,e, em vez de os castigar ou ameaçar, beijou-os com tamanha ternura que eles não acharam melhor ocasião de lhe pedir doce. Tiveram doce; tiveram também um passeio, à tarde, no
carrinho do pai.
Na volta estavam amigos ou reconciliados. Contaram à mãe o passeio, a gente da rua, as outras crianças que olhavam para eles com inveja,uma que metia o dedo na boca, outra no nariz, e as moças que estavam às janelas, algumas que os acharam bonitos. Neste último ponto divergiam, porque cada um deles tomava para si só as admirações(...)"


Machado de Assis

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A linha,a agulha e o alfinete

Era uma vez uma agulha , que disse a um novela de linha:

- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir
que vale alguma cousa neste mundo?

- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

- Que cabeça senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que os coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
- Sim, mas vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
- Tabém os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo,
ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou á casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou o pano, pegou a agulha, pegou a linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galdos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
- Então, senhora linha , ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
- A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido
por ela , silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz,e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando.
E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic- plic- plic-plic da agulha no pano.
Caindo o sol, a costureira dobrou a costura , para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
- Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se . A costureira, que a ajudou a vestir-se , levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário .
E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro , arregaçava daqui ou dali, alisando abotoando, acolchetando, a linha, para morfar (debochar) da agulha, perguntou-lhe:
- Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa ,fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira , antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete , de cabeça grande e não menor experiência , murmurou à pobre agulha :
- Anda, aprende, tola.
Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida , enquanto aí ficas na caixinha da costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.Onde me espetam fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!


Um apólogo

Machado de Assis.

Memórias póstumas de Brás Cubas

"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é: se poria em primeiro em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor , para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escritor ficaria assim galante e mais novo. Moisés que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869,na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns 64 anos , rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos de réis e fui acompanhado ao cemitério por 11 amigos .
Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia, peneirava uma chuvinha miúda , triste e constante, tão constante e triste que levou um daqueles fiéis da última hora à intercalar esta engenhosa idéia no discursso que preferiu à beira beira da minha cova: - "Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podéis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio , estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras , que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que rói a Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à clausura dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered counntry de Hamlet, sem as ânsias, nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego, como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde aborrecido."


autor:

Machado de Assis

(trecho do livro - Memórias póstumas de Brás Cubas)

O Galo das cinco Horas

autor:

Cassiano Ricardo

È um galo nítido, auto-suficiente,
com uma clareza de clarim noturno.
Que deve ter a plumagem vermelha,
e cuja crista é a própria estrela-d'alva.
Cantou muito esta noite, cantou muito
Qual se tivesse, como de costume,
uma coisa secreta pra dizer-nos
mais surpreendente do que a madrugada.
Há quantos séculos este galo canta?
Mas, amanhece e a manhã é, apenas,
a face cor-de-rosa de um abismo
(seguinte) uma manhã que nunca chega,
e que promete, sempre, a mesma coisa,
por só existir na garganta dos galos.

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro : e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios do sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se enguerdo tenda, onde entrem todos,
se entretendo para todos, no toldo,
( a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si:luz balão.

autor:

João Cabral de Melo Neto

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Estrada e o Violeiro

Violeiro - Sou violeiro caminhado só,
por uma estrada caminhando só.

Estrada - Sou uma estrada procurando só,
Levar o povo pra cidade só.

Violeiro - Parece um cordão sem ponta
pelo chão desenrolando,
rasgando tudo o que encontra,
a terra de lado a lado.
Estrada de Sul a Norte,
eu, que passo, penso e peço
notícias de toda a sorte,
de dias que eu não alcanço,
de noites que eu desconheço,
de amor, de vida ou de morte.

Estrada - Eu que já corri o mundo,
cavalgando a terra nua,
tenho o peito mais profundo
e a visão maior que a sua.
Muita coisa tenho visto
nos lugares onde eu passo,
mas cantando agora insisto
neste aviso que ora faço:
não existe um só compasso
pra cantar o que eu assisto.

autor:

Sidney Miller.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A Importância das Fibras

As fibras que ingerimos vêm das cascas dos grãos , da casca da polpa das frutas e das hortaliças .
As enzimas digestivas não consegue decompô-las e, portanto não são absorvidas pelo organismo.
Embora as fibras não tenham valor nutritivo e nem energético, são imprerscindíveis
à dieta.
Os alimentos com fibras dão a sensação de saciedade, ajudam na perda de peso e desempenham um importante papel na nossa saúde. As fibras aumentam o volume das fezes, ( bolo fecal )facilitam a passagem dos resíduos pelo intestino,também
absorvem água, o que amolece as fezes.
As fibras também modificam a absorção dos nutrientes no intestino.
Reduzem a absorção de gorduras, baixam ligeiramente os níveis de colesterol no sangue.
O desejavél é que cada adulto consuma cerca de 25 gramas de fibras por dia.
Para crianças, não é recomendado altas quantidades de fibras, por que elas
interferem na absorção de minerais, que são essências à saúde.


Alimentos Teor de Fibras

Ameixa 14 gramas
Amêndoas 14 gr.
Amendoim torrado 10 gr.
Feijão cozido 7 gr.
Passas 7 gr.
Espinafre 7 gr.
Ervilhas 7 gr.
Lentilhas cozidas 7 gr.
Arroz integral cozido 4 gr.
Arroz branco cozido 3 gr.
Cenoura crua 3 gr.
Maçãs, bananas e morangos 2 gr.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Musse de Palmito

Ingredientes

.1 1 envelope de gelatina branca sem sabor
.2 1 lata grande de palmito
.3 1/2 (meia) xícara de leite
.4 1/2 (meia) xícara de maionese

Modo de Fazer

Amoleça a gelatina em meia xícara de água morna, (reserve)
Bata no liquidificador o palmito escorrido, o leite e a maionese.
Junte a gelatina, previamente dissolvida em banho-maria, misture bem.
Coloque numa fôrma untada.
Leve à geladeira por, 3 a 4 horas,
desenforme e sirva.
Receba os elogios, é deliciosa!

Acompanha ,torradinhas, biscoitos salgados,etc...

domingo, 13 de abril de 2008

Histórias das Olimpíadas

Segundo a lenda durante muito tempo os Jogos Olímpicos deixaram de
ser disputados mas no ano de 884 a.C.
algo de muito grave ocorreu na região grega da Élida.
Uma peste assolou toda a área, desesperado o rei Ífito foi consultar a sacerdotisa
Pítia.
Os deuses só farão cessar a peste ,se voltarem os
Jogos Olímpicos - anunciou Pítia.
Então os Jogos Olímpicos voltaram e aí passaram a ser realizados regularmente
como agora, de (4) quatro em quatro anos.
Oficialmente, porém, eles se contam a partir de 776 a.C. quando se iniciou o registro dos nomes dos campeões.
Bem diferentes das atuais eram as Olimpiadas. Duravam cerca de 05 dias e havia provas para adultos e para efebos - o nome grego para adolescentes.

Primeiro dia - Sacrifício e cerimônias de abertura

Segundo dia - Provas especiais para Efebos:
"Dromos" - uma corrida em volta do estádio, lutas e pentatlo.

Terceiro dia - Provas para adultos: "Dromos" "Diaulo" (semelhante ao "dromos", mas
consistindo de duas voltas em torno do estádio)

Quarto dia - Provas equestre, pentatlo e corrida com armas.

Quinto dia - Cerimônia de encerramento, proclamação dos heróis e novos sacrifícios.

Os campeãos de cada modalidade recebiam troféus de valor simbólico,ganhavam uma coroa
feito de ramos de oliveiras.
Mais tarde , participavam de grandes festanças, com banquetes, vinhos e presentes. Transformavan-se em autênticos heróis e eram conduzidos ás suas cidades em carros puxados por quatro imponentes cavalos.
Quase sempre, os campeões tinham regalias pelo resto de suas vidas. È que os gregos acreditavam que devias a eles a extinção da peste terrível, pois seus feitos acalmavam a ira dos deuses do Olimpo.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Jovem do Camboja

Rochom P'ngieng passou 19 anos dos seus 27 vivendo na selva.
Criada entre animais, a jovem que não consegue falar, foi resgatada,
ela desapareceu em 1988, aos 08 anos de idade,quando cuidava de um rebanho.
Um morador de um pequeno vilarejo notou que a comida deixada perto de sua casa ,
havia desaparecido. Resolveu então dar uma busca pela área, e notou uma figura
humana nua, que parecia um animal, comendo a sua refeição.
O pai de Rochom ,o policial Sal Lou, reconheceu a filha devido a uma cicatriz em
suas costas, e também pelos traços do rosto.
Como não consegue falar a língua dos cambojanos, a jovem não pode dar detalhes
sobre o que ocorreu nos últimos anos.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Um tempo para cada coisa

Eclesiastes 2.3

3. 1 -Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento
debaixo dos céus.

2.tempo para nascer,
e tempo para morrer;
tempo para plantar,
e tempo de arrancar o que foi plantado.

3.tempo para matar,
e tempo para sarar;
tempo para demolir ,
e tempo para construir;

4.tempo para chorar,
e tempo para rir;
tempo para gemer
e tempo para dançar;

5.tempo para atirar pedras,
e tempo para ajuntá-las;
tempo para dar abraços,
e tempo para apartar-se

6. tempo para procurar,
e tempo para perder;
tempo para guardar,
e tempo para jogar fora,

7.tempo para rasgar ,
e tempo de costurar;
tempo para calar,
e tempo para falar;

8.tempo para amar,
e tempo para odiar;
tempo para a guerra
e tempo para a paz.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A Maratona

A maratona é a mais longa,e emocionante corrida que existe.
O atleta precisa ter muita resistência ,seu percurso normalmente por ruas e estradas
equivale a uma distância de 42 quilometros.
No ano de 490 a.C. soldados gregos e persas travaram uma batalha, que se desenrolou entre a cidade de Maratona e o mar Egeu.
Para os gregos a luta estava difícil. Comandados por Dario, os persas avançavam em direção a Maratona,foi então que Milcíades ,o comandante grego, resolveu pedir reforço de tropas, e incumbiu um de seus valentes soldados - Fidípedes.
Fidípedes, que era um excelente corredor levou o apelo de Milcíades de cidade em cidade até chegar a Atenas.
Ele retornou com mais de 10 mil soldados e os gregos venceram a batalha, dizimando em combate 6.000 persas (seis mil).
Acontece que a missão de Fidípedes ainda não havia terminado ,entusiasmado com sua proeza, Milcíades ordenou que ele fosse correndo outra vez até Atenas para informar aos gregos que a batalha havia sido ganha.
E correndo sem parar retornou Fidípedes,quando chegou ao seu destino, só pode pronunciar:
- Vencemos!
e caiu morto.
Durante os primeiros Jogos Olímpicos em 1896 - Fidípedes foi homenageado com a criação da prova.
No começo, o trajeto tinha os mesmos 40 quilometros que separavam a cidadde de
Maratona de Atenas.
A partir de 1924, foi fixado como percurso oficial a distância de 42,195 quilometros.

Bolo de Mandioca

2 xícaras e meia de mandioca crua ralada (passe no ralador)
2 xícaras de açucar
100 gramas de queijo ralado ou a mesma quantidade de
coco ralado.
4 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de farinha de trigo
4 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó.

Modo de Fazer:

Numa tigela coloque a mandioca ralada com os demais ingredientes
depois de bem misturados coloque a massa numa forma untada
(manteiga e farinha de trigo)
Leve para assar em forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos.

Basta servir!

A Gata Borralheira

Era uma vez uma moça que servia de criada num castelo. De dia , fazia a limpeza
e cozinhava; de noite, dormia com os gatos, ao lado do borralho. Por esta razão,
foi apelidada de "Gata Borralheira."
A dona do castelo e suas filhas, maltratavam a pobre moça, que nada reclamava.
Certo dia, o filho do Rei (príncipe) ofereceu um baile a todas as moças do Reino.
Nesse baile, escolheria aquela com quem se casaria.
A dona do castelo resolveu ir com as suas filhas, pois achava que uma das duas
seria a escolhida. Gata Borralheira também expressou vontade de ir,mas a patroa não permitiu.
E, na noite do baile, quando a patroa e as filhas saíram, com belos vestidos, cobertas de colares ,brincos e pulseiras, a moça chorou muito.
Pensou ela " como eu gostaria de ir ao baile" poder dançar como todas as moças...
ela porém não possuía um único vestido de baile ,nem sapatos ou jóias. Mas de repente, numa nuvem azul, apareceu uma fada madrinha ,que, com a sua varinha de condão, transformou os trapos de Gata Borralheira num lindo vestido de seda, cheio de pedras preciosas,
de uma abóbora ,fez uma carruagem; e, de ratos, cocheiros e lacaios.
Mas...lembrou-lhe que, à meia noite, o encanto acabaria.
Gata Borralheira foi ao baile e dançou a noite com o príncipe ,todos ficaram maravilhados com a linda moça, mas, quando o relógio bateu meia-noite, ela fugiu,
pois sabia que o encanto acabaria, na pressa tropeçou, e perdeu um sapatinho de cristal nas escadarias do palácio.
O príncipe adoeceu de tristeza, pois apaixonara-se pela bela moça. E, dia e noite,
só vivia falando nela; na linda moça com quem dançara por tão pouco tempo e que
encantara a todos.
O Rei vendo a tristeza de seu filho, mandou arautos por todo o reino, anunciando
que o príncipe só se casaria com a moça em cujo pé o sapatinho se ajustasse.
Finalmente, os enviados do rei bateram à porta do castelo onde Gata Borralheira morava. As filhas da megera não conseguiam calçar o sapatinho, pois era menor que
os seus pés. Quando o arauto ia embora, viu Gata Borralheira e a fez experimentar também o sapatinho.
Que maravilha! Cabia justinho no seu pé!
Gata Borralheira foi levada ao Príncipe, que reconheceu nela a moça por quem se apaixonara.
Casaram-se e foram felizes por muitos e muitos anos.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Os maiores Traidores

Considerados por muitos como os maiores traidores da história :

Marcus Brutos

Conhecido como Brutus, era filho adotivo de Júlio César,imperador do
Império Romano, uniu-se ao general Cássio Longinus para tomar o poder planejou
também o assassinato de seu pai,(Júlio César).
Quando estava nas escadarias do Senado, certamente um golpe doeu mais que todos os outros,o grande César reconhece o filho e nos estertores da morte que se avizinhava disse a célebre frase : "Até tú, Brutus?"
Brutus ainda tentou montar um exército ,mas foi derrotado pelo general Marco Antônio, massacrado pela culpa se matou em 44 a.c.


Judas Iscariotes

Era apóstolo de Jesus , e o vendeu aos líderes do Sinédrio por 30 denares(moedas)
de prata , para indentificar o Mestre Jesus - Judas o beija,sendo então identificado pelos soldados romanos ,Jesus é preso e crucificado.
Judas se arrependeu do seu ato covarde , tentou devolver as moedas aos líderes do templo ,tomado pelo remorso suicidou-se em 33 d.c.

Domingos Fernandes Calabar

No século XVII, Calabar era um senhor de engenho na capitania de Pernanbuco ,uniu-se aos holandeses quando estes invadiram o Brasil,conhecia bem a capitania,ajudou em todas as conquistas dos holandeses, personagem controversso da nossa história, condirerado héroi por uns e traidores por outros,Calabar acreditava na liberdade da Nação brasileira.



Joaquim Silvério dos Reis


Conta-se que estava endividado , viu na traição um meio de saldar as suas dívidas,como conhecia bem os passos de seu amigo (?!) Tiradentes. Procurou a Coroa portuguesa, entregou o seu amigo e líder do movimento .
Tiradentes foi o único que teve como sentença a pena capital, foi enforcado, esquartejado e partes de seu corpo espalhado pelos lugares onde pregava a tão sonhada liberdade.
O traidor conseguiu o perdão das dívidas , ganhou pensão uma vitalícia do governo português, sendo recebido por D. João VI.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

As cidades incrédulas

Lucas
Cap. 10
vvs.13 a 16.

Evangelho de Jesus

Jesus continuou:

- Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida!Porque se os
milagres que foram feitos aí tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom,
o povo dali já teria há muito tempo abandonado os seus pecados. E para mostrar
que estavam arrependidos, teriam se assentado, vestidos com sacos de estopa e cobertos com cinza. No dia do Juízo , Deus terá mais pena de Tiro e de Sidon do
que de vocês!
E você, Cafarnaum, acha que vai subir até o céu? Pois será jogada no inferno!
Então disse aos discípulos:
- Quem ouve vocês, ouve a mim; quem os rejeita, rejeita a mim; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.

domingo, 6 de abril de 2008

Esopo

Esopo era um escravo que viveu na Grécia há aproximadamente 3.000 anos.
Tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais,
cada uma com um sentido e um ensinamento ,os seus animais falam, cometem erros,
são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os seres humanos.
O propósito de Esopo, em suas fábulas, é mostrar como nós, homens, podemos agir.
Não se sabe muito à seu respeito, até mesmo porque outros fabulistas receberam o seu nome e as histórias de suas vidas se misturam.
Dizem que as suas fábulas encantaram tanto o seu dono ,que ele o libertou.
As fábulas de Esopo , contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro,
La Fontaine e outros, tornaram-se parte de nossa linguagem diária. "Estão verdes", dizemos quando alguém quer alcançar coisas impossíveis - o que é a expressão que a raposa usou quando não conseguiu as uvas.
Esopo nunca escreveu suas histórias, contava-as para os seus conterrâneos, que por sua vez contavam para outros....
Mais de 200 anos depois da morte de Esopo é que as suas fábulas foram escritas.
Em outros países além da Grécia, em outras civilizaçãos, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas que permaneceram anônimas. Quando falamos: "Macaco velho não mete a mão em cumbica!" ,estamos repetindo o ensinamento de uma fábula. Assim podemos dizer que, em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência , de justiça , de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.
Eis aqui algumas histórias.


A Raposa e as Uvas

Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravem muito muito alto, em cima da sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos
e disse:

- Estão verdes...

(moral da história)

" É fácil desdenhar daquilo que não se alcança."


O Feixe de Varas


Era uma vez um pai cujos filhos viviam brigando entre si. Tentou ensiná-los a evitar
aquelas discussões, mas em vão. Um dia, chamo-os todos e mostrou-lhes um feixe de varas, disse-lhes:
- Dou um prêmio a quem conseguir quebrar este feixe de varas.
Cada um dos filhos experimentou, curvando o feixe nos joelhos, no pescoço, sem conseguir quebrá-los, por fim, o pai desamarrou o feixe e partiu as varas, uma a uma, e lhes falou:
- Se vocês se mantiverem unidos, ninguém ousará lutar contra vocês. Se se separarem, estão perdidos.

"A união faz a força".


A Cigarra e a Formiga


A cigarra cantava no verão, enquanto que a formiga passava os dias a guardar comida para o inverno, quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer e foi procurar a vizinha formiga:
- Formiga, por favor, ajude-me, não tenho o que comer...
A formiga perguntou:
- Que é que você fazia no verão? Não guardou nada?
- No verão eu cantava... respondeu a cigarra.
- Ah, cantava? Pois dance, agora!

"Deve-se sempre prever o dia de amanhã".


A Raposa e o Corvo

Um corvo faminto furtou um belo queijo e, com ele no bico, voou para o alto duma árvore, a raposa o viu e gritou para o alto:
- Bom dia, belo corvo! Que lindas são as suas penas, que belo o seu porte, que elegante a sua cabeça! Sou capaz de jurar que um animal bonito assim há de ter também uma bonita voz! Cante, que eu quero ouvi-lo!
O corvo envaidecido, abriu o bico para cantar. E o queijo caiu na boca da raposa.

" Os elogios exagerados são sempre suspeitos."


A Gansa de Ovos de Ouro


Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua gansa tinha posto um ovo de ouro, apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:
- Veja estamos ricos!
Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na manhã seguinte, a gansa tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu a melhor preço. E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava
o fazendeiro , mais dinheiro queria. E pensou:
" Se esta gansa põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
Matou a gansa e, por dentro, a gansa era igual a qualquer outra.

"Quem tudo quer, tudo perde."



O Menino e as Nozes

Um menino, ao ver um jarro cheio de nozes, meteu a mão para tirar algumas, apanhou tantas quanto pôde e tentou puxar fora a mão já cheia, mas a mão fechada com as nozes era mais grossa que a boca do jarro, não sabendo como livrar-se, começou a chorar.
A mãe socorreu.

"Quem tudo quer, nada tem."

sábado, 5 de abril de 2008

Fábulas de Esopo

Esopo era um escravo que viveu na Grécia há aproximadamente 3.000 anos.
Tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais,
cada uma com um sentido e um ensinamento ,os seus animais falam, cometem erros,
são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os seres humanos.
O propósito de Esopo, em suas fábulas, é mostrar como nós, homens, podemos agir.
Não se sabe muito à seu respeito, até mesmo porque outros fabulistas receberam o seu nome e as histórias de suas vidas se misturam.
Dizem que as suas fábulas encantaram tanto o seu dono ,que ele o libertou.
As fábulas de Esopo , contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro,
La Fontaine e outros, tornaram-se parte de nossa linguagem diária. "Estão verdes", dizemos quando alguém quer alcançar coisas impossíveis - o que é a expressão que a raposa usou quando não conseguiu as uvas.
Esopo nunca escreveu suas histórias, contava-as para os seus conterrâneos, que por sua vez contavam para outros....
Mais de 200 anos depois da morte de Esopo é que as suas fábulas foram escritas.
Em outros países além da Grécia, em outras civilizaçãos, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas que permaneceram anônimas. Quando falamos: "Macaco velho não mete a mão em cumbica!" ,estamos repetindo o ensinamento de uma fábula. Assim podemos dizer que, em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência , de justiça , de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.
Eis aqui algumas histórias.


A Raposa e as Uvas

Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravem muito muito alto, em cima da sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos
e disse:

- Estão verdes...

(moral da história)

" É fácil desdenhar daquilo que não se alcança."


O Leão e o Touro

Um leão entrou num pasto onde pastavam alguns touros. Tentou várias vezes agarrá-los mas sempre errava o bote porque, ao chegar perto, os touros se colocavam uns junto aos outros, em roda, de modo que seus chifres ameaçavam espetar o leão.
Um dia ,entretanto , os touros tiveram uma desavença e não queriam falar-se. Cada um foi pastar para um lado. O leão aproximou-se e, atacando-os um a um , destroçou-os.

Moral da hitória:

"A união faz a força"

O Carvalho e o Junco


Um enorme carvalho viu-se um dia cercado por um violento furacão, que o arrancou do solo e o atirou na correnteza, onde caiu entre alguns juncos. Disse ,tristemente:
_ Como é isto possível? O furacão me arranca do chão, com raízes e tudo, e não arranca esses magros juncos?
-É que és orgulhoso demais - disse um dos juncos.
- e não sabes curvar-se como nós!

(moral da história)

"Durante a tempestade, é melhor curvar-se do que quebrar."


A Raposa sem Rabo


Um dia, uma raposa, passeando pela floresta, foi apanhada numa armadilha. Conseguiu escapar mas, para tanto, ali teve que deixar sua linda cauda.
Envergonhada de aparecer em sociedade sem o seu belo ornamento, escondeu-se na floresta e não aparecia para ninguém.
Assim passaram os dias, enquanto ela pensava em como surgir diante das outras raposas...
Veio-lhe então uma idéia: correu para onde estavam as outras
e gritou:
- Olhem-me, queridas amigas!Já não tenho mais o rabo! Felizmente estou livre
daquele horrível penacho!
Vejam como estou mais bonita! Se vocês querem ficar tão bonitas quanto eu,
posso cortar os rabos de todas vocês!
- Irmã raposa - respondeu uma delas, a mais ajuizada - se nós tivéssemos
perdido nossas caudas, estaria você disposta a ver-se livre da sua?

(moral da história)

" A desgraça gosta de companhia"

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Polinização

As plantas tem órgãos sexuais masculinos (androceu) e feminino (gineceu ) ,que se localizam nas flores. O androceu produz os grãos de pólen que devem ser levados ao gineceu, onde são produzidos os óvulos.
A esse processo chama-se polinização, a forma que toma a polinização liga-se à forma que tem a flor.
Algumas plantas têm orgãos masculinos e femininos na mesma flor. Quando a reprodução se dá na mesma flor, chama-se polinização direta. Entre flores diferentes, trata-se de polinização cruzada.
As plantas resultantes da polinização cruzada são mais robustas e resistentes, por isso, é comum encontrar um mecanismo para evitar que a polinização direta seja frequente.

O cheiro e a cor atraem o inseto até uma flor masculina, pousando nas pétalas, o inseto se dirige ao interior, onde está o androceu, em algumas flores, como a orquídea, isso é facilitado por ranhuras nas pétalas, que formam caminhos cheios de gotinhas açucaradas que conduzem o inseto ao interior da flor .
O androceu é constituído por sacos polínicos, que produzem o pólen. Este se deposita nos estames, formados por filetes e anteras.
Ao roçar numa antera, o inseto faz o pólen aderir aos seus pelos, tendo recolhido o néctar, o inseto se dirige a uma outra flor, se esta flor for feminina , o inseto será conduzido ao geniceu.
Lá está o estigma, plantaforma que recebe os grãos de pólen presos ao inseto.
O estigma apresenta uma superfície coberta de pequenos pelos, em outros casos, o estigma produz uma substância viscosa que retém o pólen.
No Brasil um terço das famílias de plantas investigadas são polinizadas por pássaros, entre esses, o beija-flor é um dos mais conhecidos.
Seu longo bico é introduzido na flor ,suga o néctar, de que se alimenta. O pólen que adere ao bico é levado por ele até a próxima flor. O vermelho(e suas matizes) é a cor mais atraente para os pássaros.
Na América do Sul, a grande maioria das plantas polinizadas são vermelhas.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Medéia - Mitologia grega

Medéia foi uma mulher que por conta de sua cega paixão, cometeu vários crimes.
Jáson era filho de um rei o qual foi deposto por um golpe, pediu a Pélias , seu tio que devolvesse o trono,mas este, querendo livrar-se do sobrinho, enviou-o como chefe de uma expedição, nela Jáson foi ajudado por Médeia que por ele se apaixonou. Ao retornar ao lar, descobriu que seu pai fora assassinado.
Através dos feitiços e magias de Médeia, vingou-se do tio, vindo a ser perseguido por Acasto, filho de Pélias, que assumira o trono.
Médeia e Jáson fogem para Corinto onde Jáson conhece e se apaixona por Creusa, filha de Creon, rei da cidade.
Quando estava prestes a contrair suas núpcias com Creusa ,Jáson abandona Médeia que jura vingança.
Médeia, invoca os deuses ajuda para vingar-se de Jáson.
Cega de paixão, cometeu crimes dentro do próprio lar ,matando seu pai e também seu irmão. Pelo ódio, com a única intenção de atingir Jáson, pediu ajuda à "multidão de sombras", "deuses do mortos", para consumar sua vingança.
Médeia é informada sobre a morte de Creon e sua filha Creusa "reduzidos a cinza".
Não satisfeita,sempre intencionando atingir Jáson,Médeia mata um de seus dois filhos, como tomada por uma estranha loucura que impedia de vê-los como seus.
Ao matar o filho, foge levando consigo a ama, a criança viva e o corpo do que jazia. Jáson procura capturar a autora dos crimes ,sendo avistado por ela,(Médeia) não se dando por realizada , procura ainda humilha-lo . Este, (Jáson) assume os crimes de Médeia na tentativa de salvar a vida de seu outro filho , mas Médeia pretendendo fazê-lo sentir muita dor ,matou a outra criança diante de seus olhos.
O fim se dá quando Médeia sobe em um carro que desceu do céu, puxado por duas serpentes. Ela joga os corpos de seus dois filhos aos pés de Jáson e desaparece além das nuvens.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

De onde vem o Colesterol

O organismo produz colesterol a partir de gorduras, qualquer que seja a quantidade de colesterol ingerida.
Alguns alimentos não contém colesterol, mas são ricos em gorduras saturadas e, aumentam o nível de colesterol no sangue.
O fígado produz quase todo o colesterol do organismo, através do metabolismo das gorduras digeridas, para evitar o aumento de colesterol no sangue, é preciso reduzir o consumo de alimentos que contém colesterol e gorduras.
O colesterol produzido pelo fígado acrescenta-se ao colesterol existente na corrente sanguínea,parte do qual vem de alimentos ricos em colesterol,outros fatores que influenciam os níveis de colesterol são características genéticas e forma física.