domingo, 9 de agosto de 2009

Albert Sabin



O desenvolvimento da vacina oral contra a poliomielite tornou mundialmente famoso o médico e microbiologista americano Dr. Albert Bruce Sabin, que realizou também relevantes estudos sobre viroses humanas, toxoplasmose e câncer.
Sua luta contra as enfermidades do homem começou quando ainda cursava a faculdade de medicina e no trabalho duro em um hospital em Nova Iorque na busca de diagnóstico da pneumonia, na época uma doença mortal e tão grave quanto outras mais recentes que ainda desafiam a capacidade dos cientistas. O cientista, que quase se formou em Odontologia, se tivesse seguido os planos do tio dentista Sigmund Sidney, e que lhe indicou os caminhos para a irresistível vocação para pesquisa médica, Dr. Sabin nasceu em 26 de agosto de 1906 na cidade de Bialystok, então território russo que passou a integrar a Polônia, desembarcou em Nova Iorque com 14 anos fugindo à onda de anti-semitismo no leste da Europa, e colou grau de bacharel em Ciências pela Universidade de Nova Iroque em 1928.
A descoberta da vacina contra a pólio e o trabalho de Dr. Sabin mostram que a erradicação das doenças, antes de tudo, é resultado da erradicação da pobreza.
O próprio Dr. Sabin admitia que não foram só as conquistas médicas que mudaram o quadro do combate às enfermidades, mas também o progresso econômico, por conseqüência, a melhoria do nível de vida, como ocorreu nas décadas de 20, 30 e 40 nos EUA, reduzindo os índices de pobreza e com eles as doenças.
O primeiro grande desafio de Dr. Sabin foi a epidemia de poliomielite que graçou em 1931, em Nova Yorke, e o obrigou, diante da falta de conhecimentos sobre a doença, a começar do nada, a aprender tudo desde o início, a levantar verbas até para comprar macacos para pesquisa
Dr. Sabin começou sua pesquisa sobre poliomielite na Universidade de Nova Iorque onde em 1931 ele havia concluído sua tese em doutorado em Medicina. A serviço do Instituto Rockfeller de Pesquisas Médicas (EUA), foi o primeiro pesquisador a demonstrar o crescimento do vírus da poliomielite em amostras do tecido nervoso humano defendeu a tese de que a administração por via-oral de vírus vivos atenuados proporcionaria, sem aumento dos riscos de contaminação, imunidade mais duradoura contra a poliomielite contra a injeção de vírus mortos, desenvolvida por Jonas Edward Salk. Desmentiu a teoria de que o contágio da poliomielite se dava pelo nariz e apontou como via primária de infecção o trato alimentar. Em colaboração com os cientistas soviéticos, mexicanos e holandeses, fabricou a vacina.

Os testes em seres humanos tiveram início quando Dr. Sabin trabalhava no Rockfeller Institut entre 1935 e 1938 e incluíram suas duas filhas, depois crianças das vizinhanças de sua residência, prisioneiros que se dispuseram a participar dos testes até chegar à colaboração com os soviéticos em 1956 e a massificação do uso da vacina, primeiro em Singapura seguido da União Soviética, e chegando mais tarde aos EUA, onde foi aceita oficialmente em 1960.
Graças à descoberta do Dr. Sabin, de cujos resultados financeiros ele abriu mão, a poliomielite está hoje praticamente erradicada em todo o mundo e milhões de crianças salvas.

Casado com a brasileira Heloísa Dunshee Abranches desde 1972, o Dr. Sabin visitou o Brasil pela primeira vez em 1961 a convite do Deputado Fauze Carlos, secretário de saúde do governo Carvalho Pinto, e se considerava meio-brasileiro, patriota, como ele dizia publicamente. No Brasil, a vacina foi adotada oficialmente em programas de vacinação em massa em 1973 e desde 1989 não se registram casos de paralisia infantil.
Em uma de suas várias visitas ao Brasil, recebeu do governo brasileiro, em 1967, a Grand-Cruz do Mérito Nacional.
Dr. Albert Sabin morreu de ataque cardíaco aos 86 anos, em sua casa em Washington, no dia 03 de março de 1993, encerrando 66 anos de dedicação à pesquisa e à luta contra as enfermidades do homem, por tudo isto o Drº Albert Sabin mui merecidamente é um benfeitor da Humanidade!


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